.: Rio Botânico - Encantos à parte da cidade maravilhosa.

Mata Atlântica história e muito charme

Minha filha mais nova vai morar no rio esse ano e agora que tenho uma filha carioca, minhas idas à cidade maravilhosa tem sido muito mais frequente. Nem bem chegou e já esta num site de referência veja aqui

Desde criança frequento o Rio de Janeiro e preciso confessar que a cidade não se cansa de me surpreender.

Meu primeiro amor foi a praia do Arpoador e suas pedras cheias de mexilhões minúsculos que conheci nos anos 1970, depois as boutiques maravilhosas de Ipanema entre 1976 e 1989 , então o Circo Voador e Fundição Progresso nos 1990 para finalmente ser apresentada ao alto da Boa Vista, bairro com cara de Petrópolis, no caminho da Barra, responsável pelos momentos mais deliciosos que tenho passado na cidade.

Gosto de começar por São Conrado.

Se quiser fazer um programa completo, passe no Super Mercado Zona Sul, na Estrada Gávea, 870 e se abasteça com os deliciosos pães especiais que recentemente apareceram por lá, fresquinhos...humm...um queijo brie, damascos, pêra fresca, água de coco devidamente colocados na sacola, siga com atenção alguns metros e vire à direita na Estrada das Canoas.

Não repare na ocupação meio feinha e desleixada logo na entrada, vem ai Pedra da Gávea e seu visual enlouquecedor. Bom para quem quer saltar de asa delta, ainda não saltei, mas vou, prometo!!!

No número 1246 - SÃO CONRADO, fica Casa das Canoas.

Projeto de residência pessoal dele, Oscar Niemeyer - Tem que tomar MUITO cuidado porque a casa fica numa curva e esta fechada, paramos praticamente na via pública e do portão só se vê por fora mas vale a pena...um dia ainda vão abrir ao público.

Na verdade a casa é propriedade particular e deve dar muita manutenção mas é uma pérola incrustada na mata atlântica, poesia pura.

Na verdade, estamos na Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana e heterogênea do mundo plantada pela mão do homem, sim, a Floresta e o Parque da Tijuca são um projeto de reflorescimento. Criado em 6 de julho de 1961, é atualmente o parque nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 2 milhões de visitantes por ano.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII, essa área foi, em sua maior parte, devastada pela extração de madeiras e da utilização em monoculturas, especialmente o café, gerando sérios problemas ambientais à cidade, principalmente FALTA DE AGUA.

Em 1861, numa iniciativa de conservação pioneira coordenada por D. Pedro II, um processo de desapropriação territorial e de reflorestamento propiciou a regeneração natural da vegetação, resultando na exuberante floresta que existe hoje, e que tem um importante papel na conservação de muitas espécies da flora e da fauna, abrigando também espécie, raras e/ou ameaçadas de extinção.

O caminho é lindo em sí, cheio de árvores, mais úmido, e alto, é certamente mais fresco do que andar pela orla, além de podermos nos deparar com saguis, esquilos, tatus...

A Estrada das Canoas termina na estrada da Gávea pequena, onde fica a atual residência oficial da prefeitura do Rio de Janeiro (após o fim do regime militar em 1985).

Um lugar lindo, maravilhoso, um dia vou visitar...

Seguimos pela Estrada e viramos à direita, iniciando a descida pela "Vista Chinesa'.

Passando a chancela da guarda florestal do lado direito da estrada tem uma área com mesinha, onde podemos fazer nosso piquenique e um pouco abaixo, do lado esquerdo temos a "Mesa do Imperador".

vista a partir da mesa

Lugar utilizado por nobres e burgueses para almoços campestres, a Mesa do Imperador recebia a visita constante de D. Pedro II, quando em seus passeios à floresta. Originalmente, a área era constituída de um caramanchão de bambu e mesa de ripas de madeira, recobertos de vegetação. Com o passar do tempo tornou-se parada obrigatória dos visitantes que buscam uma bela paisagem. A vista é muito linda e hoje ainda temos a mesona de pedra onde o povo sobe, faz foto... se quiser comer à mesa, leve cadeira altas!!!!!

E olhando de frente para nós: ela, a Vista Chinesa!!!!

Um pagode de bambu fake, feito de cimento e super bem restaurado, de onde temos a melhor vista da Bahia da Guanabara.

Muito fotogênico e charmoso.

Isso tudo é apenas o trajeto da subida da pequena serra, agora vamos descer.
Esse lado é mais selvagens, digamos assim, tem uma cachoeira bastante frequentada, mas o tipos de humanos mais frequente são os ciclistas. Sinceramente, é preciso um preparo físico excelente para se aventurar nessa trilha, mas não precisa de tanto para curtir as delicias da Boulangerie/Café que homenageia os valentes esportistas. O La Bicyclette, fica em frente ao Jardim Botânico, na rua da rede Globo. E é uma delícia completa para todos os sentidos: bonito, cheiroso, simpático e principalmente, muito saboroso, um must para café da manhã ou para levar coisas para casa.

E é assim, em frente ao lindo parque que da nome ao bairro, Jardim Botânico, e suas palmeiras imperiais que iniciamos outro passeio, desta vez pelo maravilhoso mundo das compras. Atravesse a avenida, e já a sua esquerda terá a estátua do Chacrinha.

Na rua paralela, Lopes Quintas, dois endereços imperdíveis de charme e bom gosto. No número 87, uma vitrine estreita chama atenção por seu minimalismo conceitual o Gabinete Duilio Sartori é uma loja galeria cheias de objetos de desejo poéticos selecionados a dedo que da vontade de trazer tudo para casa. Entre bijuox, almofadas, caderninhos fofos, encontrei as cúpulas de vidro perfeitas que buscava há anos. Minha mesa de café da manhã esta muito mais chique!

Avião coberto de gliter dourado, braços abertos sobre a Guanabara chamam atenção na vitrine

Um pouco mais à frente no numero 153 fica a badaladissíma Dona Coisa boutique multimarcas com araras recheadas de roupas lindas, uma sala só para jóias assinadas, outra para roupa de festa e alguns objetos para casa. Muito difícil de se controlar, ainda bem que eles estavam em promoção.

A loja é tao chique que vire e mexe vende coisa da Elisa Stecca !!